Pode-se perceber que a inveja relaciona-se diretamente com a soberba na medida em que a posse de coisas ou títulos engrandece os detentores. Se eu tenho o melhor dos carros e, você também possui um, eu não me sinto grandiosos e fico frustrado. É necessário que apenas eu possua aquilo! Quando você possui e eu não, começa a inveja, ou seja, quero ter e quero que você não tenha.
Mulheres costumam ser invejosas!O comentário "que bolsa maravilhosa" guarda em si, assumidamente, o desejo de possuir. "Onde comprou" é a pergunta complementar que nem sempre aguarda respostas tão fiéis e, ainda, prepara para a próxima pergunta: ‘quanto custou" que, esta sim, é maliciosa pois, mede a distância entre uma e outra mulher: se o preço for modesto, ameniza a inveja mas, se o custo da bolsa for algo acima das posses da segunda, instala-se a destrutividade invejosa.
- Que bolsa maravilhosa! Onde comprou? Quanto custou? (assim elas falam às "amigas")
... Queria eu ter comprado uma destas para mim, que raiva que ela tem e eu não! (é o que pensam secretamente).
Obviamente que a inveja não é exclusividade feminina mas, em razão dos formatos sociais que vivem as mulheres, é entre elas que se faz muito presente. Explico: as mulheres no século XXI são extremamente competitivas e, exatamente por essa razão ficam inseguras. Os estereótipos da mulher moderna são transmitidos de maneira sutil e sedutora: corpo magro e jovial, carreira de sucesso, boa esposa, mãe, amiga, aslém da bolsa, é claro... Elas precisam de muitas dessas coisas para estabelecer a paz com a autoestima.
Para aniquilar a inveja eu preciso não querer aquilo que o outro possui ou, quando não for possível abster-se do desejo, ficar feliz pelo semelhante possuir e desfrutar de seus bens para si. Difícil ficar feliz pela satisfação alheia?
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